10 ANOS DA LEI DE COTAS: “É O MÍNIMO A SER FEITO PELO POVO PRETO”, DIZ LOYOLA

Notícias Sindicais

“Iniciei meus estudos em engenharia de energia na Universidade Federal do ABC, em 2017, por meio das cotas que existiam na época. Assim, eu tive acesso a uma educação de qualidade, mesmo vindo de escolas públicas, onde, infelizmente, o ensino é precário e eu não podia custear uma faculdade particular. Isso abriu um mundo de oportunidades. Consegui um estágio numa empresa multinacional, ajudando-me a crescer pessoalmente e profissionalmente”, conta Ana Caroline Pereira, de 30 anos.

A história de acesso ao ensino superior dela, assim como de milhares de pessoas, começou no dia 29 de agosto de 2012, quando era sancionada a Lei nº 12.711, conhecida com a Lei de Cotas sociais e raciais que completou 10 anos.

Diretores Loyola e Lulinha em reunião de pauta sobre questões raciais no Sindicato

Para o diretor do Sindicato Rafael Loyola “é o mínimo a ser feito pelo povo preto que não tinha espaço dentro das universidades.” Trata-se de uma reparação histórica. “Foi uma inserção do negro dentro da faculdade. O racismo estrutural vem se comportando com a branquitude nas faculdades públicas”, explica.

“As cotas para brancos sempre existiram, basta ler a história do Brasil. Aí quando o movimento negro conquista cotas isso incomoda”, argumenta o diretor Lulinha que ao lado de Loyola, sob a orientação do presidente do Sindicato Cícero Martinha, sempre abordam as questões raciais e o combate ao racismo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *