Todos os países democráticos têm eleições que se diferenciam em importância. Algumas são decisivas na história de uma nação, ao passo que outras representam uma continuidade normal da política. Aqui no Brasil, tivemos, historicamente, pleitos decisivos. Um exemplo, a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, num governo marcado por programas de transferência de renda que tiraram milhares de brasileiros da pobreza, além da expansão econômica focada na geração de empregos de qualidade, com poder de compra do salário mínimo.
Agora: eleições de 2022. O país de volta ao mapa da fome e a maioria da população tendo que sobreviver com trabalhos precários. Um caos consequente dos últimos governos, aprovando a Reforma Trabalhista e da Previdência, mesmo com a luta firme do movimento sindical contra todos os ataques e retrocessos.
Neste momento e tudo indica que até 02 de outubro, dia da votação, a eleição será decidida entre os dois candidatos que lideram as pesquisas, Lula em primeiro e Bolsonaro em segundo. No caso do atual presidente, está expressa a radicalização da ignorância em vários setores, mas, principalmente, na área econômica, a exemplo da disparada de preços dos alimentos.
De outro lado, a figura de Lula, com uma trajetória política carregada de números positivos que explicam mais do que qualquer argumento. Em seu governo, o PIB brasileiro teve um crescimento médio de 4% ao ano. Criação de cerca de 10 milhões de empregos formais, além do crescimento da classe C, bem como aumento do salário mínimo no período em cerca de 60%.
Ainda bem que a democracia significa que amanhã haverá um voto para decidir qual será o próximo presidente a governar ou se haverá continuidade. Está tudo nas mãos do povo, principalmente, da classe trabalhadora, a decisão sobre o futuro do país nos próximos anos.