Depois da eleição deste domingo, 30 de outubro, é hora de respeitar a voz das urnas. A campanha eleitoral mais violenta e acirrada desde a redemocratização chegou ao fim, com a vitória do ex-presidente Lula, do PT, para o seu terceiro mandato.
A todos e todas, eleitores vitoriosos ou derrotados, o momento agora é de deixar o ódio de lado não só para torcer pela volta do crescimento econômico do país, como também para exercer o legítimo direito de cobrar do novo governo os compromissos assumidos durante a campanha para que, de fato, o país possa sair dessa eleição melhor do que está hoje. Não será fácil, mas sabemos da competência e do amor do presidente com o povo. Ele tem a bravura dos grandes heróis.
Melhorias na vida dos trabalhadores e dos aposentados, principalmente em relação ao aumento do poder de compra do salário mínimo. Alimentos, remédios e bens de primeira necessidade mais baratos e acessíveis para toda população. Fortalecimento e ampliação de programas sociais de transferência de renda, de acesso à moradia popular, de saneamento básico. Olho vivo contra a inflação. Política industrial para atrair grandes indústrias. Pleno emprego. Crescimento sustentável.
São tantas as urgências pedidas que para alcançá-las vamos precisar de um cenário de paz, estabilidade econômica e ordem política. Diante do rastilho de pólvora deixado por uma campanha que dividiu o país, a união de brasileiros e brasileiras também será um dos grandes desafios do próximo presidente. O carisma e o diálogo de Lula serão fundamentais nesta reconstrução.
Em homenagem, o título deste editorial é o nome do premiado filme sobre a história dele, da saída da sua família no sertão de Pernambuco, nos anos 1950, até a morte de sua mãe, Dona Lindu, no início dos anos 1980. Naquele momento, ele era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, deixou a prisão, no Dops, para ir ao enterro.
Parabéns pela vitória, presidente Lula! Vamos pra frente, Brasil! Conte com a luta do nosso sindicato. O forte e fraterno abraço desta entidade, sempre!