Quando se encontrou com lideranças sindicais para definir a política de valorização do salário mínimo e anunciou a criação de um grupo de trabalho cuja tarefa é elaborar um medidas para debate no Congresso Nacional, Lula também falou sobre a regulamentação dos trabalhadores por aplicativos.
A preocupação do presidente, que corre atrás de iniciativas para melhorar a condição de vida dessa faixa da população, escancara o quanto é fundamental a atuação negocial dos Sindicatos, como um meio para a conquista de inúmeros direitos sociais.
“Um trabalhador isolado, individualmente, não tem como fazer frente ao patrão, não tem força contratual diante da empresa, não possuiu identidade coletiva. Já associando-se com outros trabalhadores, fazendo parte do Sindicato, consegue uma condição de força e muito mais favorável as conquistas no trabalho”, explica o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Martinha.
NÃO SÃO MICROEMPREENDEDORES
Em entrevista para Globo News, Lula afirmou a necessidade de uma seguridade social aos trabalhadores por aplicativos e salário digno. “O empresário não ganha muito dinheiro porque ele trabalhou. Ele ganha muito dinheiro porque os trabalhadores dele trabalharam. O que nós queremos é apenas uma contrapartida social. Não interessa a gente ter uma sociedade de miseráveis, nós queremos ter uma sociedade de classe média. Queremos que a pessoa tenha poder de consumo, possa viajar, comprar uma casa, comprar um carro… É o mínimo necessário que nós precisamos garantir para as pessoas”, afirmou Lula.