Nesse mês, milhares de brasileiros começam a declarar o Imposto de Renda, como se diz, é a hora de prestar contas com o leão da Receita Federal. Uma das novidades é a atualização proposta pelo governo na qual serão isentos aqueles que recebem até dois salários mínimos. Esse é o segundo reajuste desde o início do governo Lula.
O teto de isenção estava congelado em R$ 1.903,98 desde 2015, subiu em maio de 2023 para R$ 2.112,00 e agora, para o próximo ano, vai para R$ 2.259,00, isentando mais de 15 milhões de contribuintes, ou seja, o governo tem agido, mas cobramos maior rapidez.
Por mais que a administração federal, com o esteja avançando na promessa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, dialogando sobre o assunto com a sociedade e colocando que essa progressão deverá ser concluída até o final do mandato, em 2026, é fundamental antecipar a conclusão desta medida para dar um redução fiscal no bolso dos trabalhadores. Por isto, o movimento sindical vem defendendo que haja uma agilidade maior na finalização da proposta.
Em nota publicada no começo do ano, as centrais chamaram a atenção para a defasagem da tabela que “coloca uma carga tributária desproporcional sobre os ombros dos trabalhadores assalariados”.
Paralela a essa reivindicação, seguimos lutando por uma sociedade cada vez mais igualitária, sempre lembrando e cobrando que grandes fortunas ainda não têm a tributação devida. Fazer essa taxação é ajudar na igualdade da distribuição de renda.
Em janeiro de 2023, ainda no primeiro mês de mandato, em discurso para lideranças sindicais, o presidente disse que “ricos vão pagar mais (Imposto de Renda). “Vamos mudar a lógica: vamos diminuir para o pobre e aumentar para o rico. É necessário uma briga? É necessário. É necessário muito convencimento no Congresso Nacional. É necessária muita organização da sociedade. Nós temos que fazer isso.”
