CHEGAMOS AOS 32 ANOS DA LEI DE COTAS

Palavra do Presidente

Na busca por uma sociedade na qual todos e todas estejam incluídos e representados numa democracia que respeite e trate com humanidade e igualdade as nossas diferenças, é preciso que cada um e cada uma façam a sua parte na luta pela inclusão.

Entre tantos cenários e tantas demandas que a palavra inclusão abraça, aqui, em reflexão ao aniversário de 32 anos da criação da Lei de Cotas, chamo atenção para o acesso de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Vamos aos últimos dados do IBGE sobre o assunto, divulgados em 2020, na publicação ‘Pessoas com deficiência e as desigualdades sociais no Brasil‘. Segundo o levantamento, em 2019, a taxa de participação das pessoas com deficiência no trabalho era de 28,3%, menos da metade do percentual das pessoas sem deficiência  (66,3%).

Outro alerta encontra-se nos dados da plataforma jurídica DataLawer que trouxe à tona que empresas buscam não cumprir a lei e reduzem o número de vagas destinadas às PCD’s. Segundo a plataforma, mais de 4.300 ações caminham na Justiça sobre essa questão passando por diversos setores e atividades, da indústria metalúrgica ao setor bancário. No total, 33,55% foram julgados parcialmente procedentes e 12% procedentes, ou seja, favoráveis as empresas. Outros 21,58% ficaram improcedentes e 8,8% terminaram sem acordo. É preocupante saber que decisões da Justiça têm flexibilizado a lei de cotas para PCD’s.

O SINDICATO NA FISCALIZAÇÃO

Ora, num cenário como esse, escancarado pelos levantamentos, o Sindicato atua em várias frentes de ação, na fiscalização das normas de empregabilidade de pessoas com deficiência nas fábricas, cobrando dos patrões o cumprimento da lei. Além deste trabalho de verificação dos diretores nas fábricas, a mobilização de conscientização sobre o tema em toda sociedade e ações de divulgação desta responsabilidade social, como faz, por exemplo, esta edição do nosso jornal, focado na inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, são essenciais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *