Inflação de dois dígitos, governo cortando recursos e aumentando a fome
É um ataque atrás do outro. É um retrocesso atrás do outro. O governo se organiza para deixar todos os trabalhadores informais. Quer tirar todos os benefícios. E não se engane, não tem nada isolado, é um planejamento que já vem desde a administração anterior.
Agora é a tal MP do “Trabalho Voluntário” que, inacreditavelmente, propõe quatro semanas de trabalho por R$ 444,00 sem carteira assinada, sem nenhum direito trabalhista a jovens de 18 a 29 anos e as pessoas acima de 50 anos. Tem também a proposta de reduzir o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Entre as alterações, a redução da multa em caso de demissão sem justa causa, de 40% para 20%.
Nós, do movimento sindical, queremos empregos com dignidade. Por isso, lutamos e pedimos mobilização da sociedade contra as medidas nefastas que só empobrecem ainda mais a população. Os itens de primeira necessidade, a exemplo de alimentos e combustíveis, não param de subir. É uma violência que vem sendo praticada com a população, principalmente a parcela mais humilde e de baixa renda.
Corte de créditos na agricultura familiar
Fundamental na alimentação do país, na vital assistência do campo ao prato, a agricultura familiar, responsável por 70% dos alimentos que vão parar na mesa dos brasileiros, sofre com o desmonte de políticas públicas para o fortalecimento e desenvolvimento do setor. Trabalhadores e trabalhadoras denunciam a redução de recursos que vão desde dificuldades para obter crédito até a estrutura para comercializar os produtos.
Em abril, o governo eliminou as linhas de crédito do Plano Safra 2021/2022, com juros prefixados de 3% ao ano para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O programa, criado no governo Lula em 2003 para desenvolver a produção rural, era a única linha que ainda estava crédito liberado no BNDES.
E assim está o Brasil, inflação de dois dígitos, governo cortando recursos e aumentando a fome.
Conte com a luta do nosso sindicato. O fraterno abraço desta Presidência, sempre!