Publicada no dia 02 de março, a pesquisa ‘Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil’, feita pelo Instituto Datafolha em solicitação do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, traz dados preocupantes para a população feminina. Os números revelam um cenário assustador, com 50.692 mulheres, diariamente, sofrendo violência em 2022.
Sobre as maiores vítimas de violência, o levantamento aponta que a predominância de abusos ao longo da vida é maior entre mulheres pretas (48%), com grau de escolaridade até o ensino fundamental (49%), com filhos (44,4%), divorciadas (65,3%) e na faixa etária de 25 a 34 anos (48,9%).
Teve uma piora em todos os aspectos nos índices que medem a violência contra a mulher, seja tiro ou esfaqueamento, ameaça com arma de fogo ou faca, espancamento ou tentativa de estrangulamento até ofensas, humilhação ou xingamento. Conforme o estudo, há três condições que podem ter gerado o aumento da violência contra mulheres no país:
• A diminuição de políticas públicas no combate à violência pelo governo Bolsonaro.
• A pandemia da Covid-19 também é vista e analisada como um dos motivos, por ter comprometido o funcionamento de serviços de acolhimento às mulheres em situação de violência.
• A terceira razão, conforme a pesquisa, é o aumento no alcance do discurso de ódio da extrema-direita.