Um dos assuntos mais noticiados e abordados pela grande imprensa, neste começo de mandato do governo Lula, é a posição contrária do presidente em relação a taxa básica de juros da economia mantida em 13,75% pelo Banco Central, comandado por Roberto Campos Neto.
O que tem chamado atenção é a histeria absurda que jornais como Folha de SP e Estadão tratam a opinião de Lula que, aliás, venceu a eleição do ano passado com a bandeira de que faria o país crescer novamente, retomando investimentos públicos e fortalecendo programas de transferência de renda aos mais pobres, a exemplo do Bolsa Família.
O presidente diz o que a maioria dos brasileiros pensa e sente na pele: os juros estão altos no Brasil, prejudicando o crescimento, a produtividade e a geração de emprego. A maneira como o BC usa a taxa desaquece a economia do país. Com juros altos o governo tem que gastar mais dinheiro para pagar os títulos da dívida e o país não cresce. É preciso reduzir a taxa de juros e baratear o crédito, deixando mais barato o consumo das famílias e o investimento das empresas.
UMA CONTESTAÇÃO ANTIGA
Ao tomar posse pela primeira vez como vice-presidente, em janeiro de 2003, José Alencar, um grande empresário, também foi pra cima do BC em busca da redução da taxa de juros brasileira, mantida em patamar elevado. A partir de 2006, a taxa, que estava em 17,25% ao ano, começou a cair e atingiu em julho de 2009 o patamar de 8,75% ao ano. Conte com a luta do nosso Sindicato. Um forte e fraterno abraço desta presidência e diretoria.