A chegada da Indústria 4.0 gera impactos na vida dos trabalhadores
O debate sobre a substituição do homem pela máquina é antigo, da época da Primeira Revolução Industrial. Só que tinha a ver com a capacidade das máquinas executarem trabalho pesados e repetitivos, realizados anteriormente de modo braçal. De modo que as novas ocupações que surgiram, em vez de eliminar empregos, geraram uma migração dos campos para as cidades.
Com a chegada da Indústria 4.0, um modelo de produção industrial que vem sendo desevolvido ao longo do tempo e já é chamado de 4ª Revolução Industrial, essa discussão volta ao foco, mas com uma realidade bem mais desafiadora e preocupante.
Todo choque tecnológico gera impactos nos empregos. Segundo especialistas, há efeitos destrutivos de funções que serão eliminadas, mas também de criação de novas ocupações que surgem de demandas por produtos e serviços antes inexistentes. A questão é que o governo brasileiro precisa trabalhar por isso, precisa agir, coisa que não faz.
O Estado ainda não apontou caminhos. Há vários países bem avançados na implantação da Indústria 4.0, Estados Unidos e Alemanha têm investido e com todos os atores na mesa: centros de pesquisa, trabalhadores, empresas, instituições de ensino, etc e tal. Não podemos perder mais tempo, se o país ficar de fora dessa corrida no desenvolvimento de novas tecnologias, o cenário ficará ainda mais difícil. Se o Brasil não desenvolver, não produzir, não pesquisar, consequentemente irá importar tecnologia, sem gerar novos empregos aqui.
Já o movimento sindical, entre vários desafios, terá o papel de atualizar a organização dos trabalhadores na manutenção de empregos, bem como pró-atividade na produção à categoria diante da nova tecnologia de produção, fazendo valer, como sempre faz, os direitos fundamentais de garantias sociais.
Aliás, voltando a citar Alemanha, lá a redução da jornada de trabalho tem sido um caminho satisfatório para combater o desemprego diante dessas mudanças. Ações conjuntas envolvendo toda a sociedade são imprescindíveis para enfrentar esse novo desafio, para que seja possível acompanhar as mudanças trazidas pela Indústria 4.0 sem sofrer pela incapacidade de acompanha-la.
Conte com a luta do nosso sindicato. Um forte abraço fraterno dessa Presidência, sempre!