Na semana passada, acompanhamos a aprovação da Reforma Tributária na Câmara Federal. No primeiro turno foram 382 votos a favor e 118 contra, enquanto, em segundo turno, a votação ficou no placar de 375 votos a 113 a favor da PEC. Discutida há mais de três décadas, segue agora para a votação no Senado.
O tributo unificado, IVA, deve simplificar o pagamento de impostos sobre consumo. Assim, leva a diminuição de custos que devem refletir na vida do povo brasileiro quando for às compras, por isso, a reforma terá influência direta no processo de recuperação econômica do país. O texto aprovado pode não ser o que vai resolver todos os problemas relacionados aos tributos, mas é um importante passo para mais à frente, se for o caso, fazer as reformas que faltam.
Em documento intitulado “Por uma Reforma Tributária que Garanta Justiça Social e Desenvolvimento Econômico”, assinado pela Força Sindical, CUT, CTB, CSB, UGT, Intersindical, Nova Central e Pública, as centrais sindicais manifestaram que, apesar de pontos positivos, a reforma precisa ser mais incisiva o que diz respeito a capacidade tributária, ou seja, “Quem pode mais, paga mais”.
O próprio presidente Lula afirmou que o Congresso não aprovaria a reforma que o governo deseja e destacou que na democracia é preciso dialogar e negociar. “Não é o que cada um de vocês deseja, não é o que o Haddad deseja, não é o que eu desejo, mas tudo bem, nós não somos os senhores da razão”, e completou: “Temos que lidar com a relação de forças que está no Congresso Nacional. Os deputados que estão lá, bem ou mal, foram escolhidos pela sociedade brasileira, portanto merecem tanto respeito quanto eu e o Alckmin.”
Cada brasileiro, cada setor da sociedade tem a sua reforma tributária, sendo normal que apareçam discordâncias, mas, neste projeto apresentado e aprovado, há concordância na maior parte dos itens.