A querida cidade de Santo André fez aniversário neste 8 de abril. Com cerca de 723 mil habitantes, segundo dados de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), chega aos 471 anos, precisando responder questões importantes que irão se refletir e se aprofundar nos próximos anos, mas já causam impactos neste momento, como por exemplo, no cenário da política industrial no município.
Antes de focar na reflexão sobre a falta de ações na área da indústria e as consequências negativas que essa carência gera na realidade socioeconômica da população andreense, parabenizo os moradores e moradoras, trabalhadores e trabalhadoras que não só fazem parte desta história, mas constroem essa cidade. Povo bom e de luta que corre atrás dos seus objetivos.
ONDE ESTÁ O GIGANTESCO VIVEIRO INDUSTRIAL?
Como diz o próprio hino de Santo André, aqui já foi um dos berços da indústria no Brasil, mas perdeu forças nos últimos tempos e, hoje, virou praticamente um município focado no setor de serviços. Não tem mais polo industrial, tudo virou shopping ou condomínio.
Vale ressaltar que é importante ver o crescimento de um segmento econômico diversificado como de serviços, mas essa evolução precisa caminhar junto com o fortalecimento da indústria, onde temos um emprego de maior valor agregado.
Muito dessa queda na área industrial se dá pela falta de investimentos da administração municipal. Várias empresas saem de Santo André devido ao metro quadrado caro para a instalação das fábricas, o nível de imposto que é alto, entre outras causas.
O desafio da reindustrialização não é algo novo, mas a disposição para desenvolvê-la na cidade, sim. Enquanto acompanhamos medidas vindas do governo federal que tem lutado para o crescimento da indústria, um lugar de vocação industrial como Santo André, não pode ficar parado, precisa participar ativamente dessa retomada.
