A Marelli demitiu 56 trabalhadores e trabalhadoras, na segunda-feira, 10 de julho. O anúncio da demissão em massa pegou todos de surpresa e ocorreu sem prévia negociação com o Sindicato.
Assim que souberam dos cortes, os diretores Rafael Loyola, Lulinha e Tiaguinho acionaram o Sindicato que notificou a empresa, reivindicando uma reunião urgente com a direção da Marelli, bem como a suspensão imediata de todas as demissões.
“Em nenhum momento a empresa procurou o Sindicato para debater a demissão dos trabalhadores. Por isso colocamos a greve como resposta a essa atitude cruel, até que a direção da empresa venha conversar conosco”, disse o presidente do Sindicato, Adilson Sapão, na primeira assembleia em que a greve foi aprovada, com o turno da tarde.
“É inadmissível ver a direção da Marelli demitir pais e mães de família de surpresa e de forma desumana. O Sindicato repudia essa postura, uma vez que existem mecanismos para evitar desligamentos em massa, os quais não foram negociados conosco no primeiro momento”, diz Loyola.
A paralisação e a mobilização na porta da fábrica seguiu até a empresa se reunir com o Sindicato, o que aconteceria só na manhã seguinte, na terça-feira, 11 de julho. A diretoria e assessoria do Sindicato passaram a noite em frente à Marelli. Após a reunião da empresa com o Sindicato, os companheiros e companheiras aceitaram, em assembleia realizada por volta das 14 horas, na terça, tanto a proposta aos demitidos quanto aos que permanecem na fábrica, dando fim a greve.