Comunicar qual é a situação, quais é a situação, quais são as reivindicações, quais as formas de luta colocadas em torno de tais reivindicações
Na manhã do dia 12 de maio de 1978, quando os trabalhadores da Scania, em São Bernardo do Campo, entram na fábrica, mas não ligaram as máquinas e cruzaram os braços, exigindo mais de 20% do salário, não era apenas a primeira paralisação após 10 anos de descarado arrocho salarial e repressão contra a classe trabalhadora, mas o início de um período de lutas com sucessivas greves e significativas transformações na vida política brasileira.
A greve na Scania, que não surgiu do nada, mas como resultado de um processo de conscientização dentro das fábricas. A partir daí, desta organização, os trabalhadores conseguiram, contra a vontade da burguesia aliada à ditadura militar, ter participação no processo político social do país.
Nossa revitalização do movimento sindical que ressuscitou a realização de grandes assembleias; foi às ruas e praças por reposição salarial, promovendo grande manifestações de 1º de Maio; propôs e liderou greves, a imprensa sindical teve um importante papel.
Os jornais dos sindicatos, até hoje, cumprem um valoroso papel de comunicação. Comunicar qual é a situação, quais são as reivindicações, quais as formas de luta colocadas em torno de tais reivindicações.
O nosso chama-se O Metalúrgico
Aqui, no Sindicato dos Metaúrgicos de Santo André e Mauá, os interesses dos trabalhadores da categoria são impressos e levados de maneira transparente pelo nosso jornal “O Metalúrgico”.
Nas páginas dele levantamos a bandeira da Constituinte, denunciamos a ganância do capital estrangeiro, exigimos 40 horas semanais, cobramos PLR e ganhos salariais, exigimos segurança e saúde no trabalho, entre tantas outras bandeiras, tanto históricas, hoje, quanto atuais, do dia a dia das necessidades da categoria nas fábricas.
Conte com a luta do sindicato e da comunicação de resistência do nosso jornal. Um forte e fraterno abraço dessa Presidência, sempre!